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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Comissão do MJ aprova anistia aos grevistas do Arsenal de Marinha

Mais de 500 pessoas acompanharam, na manhã do último sábado, dia 29 de maio, na sede da OAB/RJ, o parecer dado pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça (MJ) em favor da aprovação da anistia política de 190 funcionários do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. A decisão dos 16 conselheiros presentes foi unânime.
Pelo parecer da Comissão, que será apresentada ao Ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, todos passarão a receber R$ 2 mil em prestação mensal permanente e continuada e um valor retroativo, a ser calculado de acordo com a data dos pedidos de anistia, como reparação pela demissão coletiva, após a greve de 1985, feita por motivação política. O julgamento do recurso, debatido desde 2007, foi realizado pelo pleno da Comissão, durante a 38ª Caravana da Anistia. 
Presidente da Comissão, Paulo Abrão destacou a importância de o pleno se reunir no local onde estão os interessados, como ocorreu, no evento de sábado — primeira sessão de julgamento realizada fora de Brasília. "Na Caravana, trabalhadores e seus familiares lotaram as dependências do auditório da OAB para acompanhar a reparação histórica", lembrou Abrão.
Para o presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, a Comissão fez justiça "num país onde não se reconhecem os direitos dos trabalhadores". Wadih defendeu que é preciso superar o viés ideológico autoritário que ainda existe no país. "Os trabalhadores civis do Arsenal de Marinha foram discriminados e tiveram seus direitos aviltados como se militares fossem", afirmou.
O deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ) observou que a decisão dos conselheiros encerrou uma luta de 24 anos dos trabalhadores do Arsenal. Já o ex presidente da OAB Federal Cezar Brito lembrou a importância da realização do ato na sede da OAB do Rio de Janeiro, "sempre ligada à luta pela defesa dos Direitos Humanos".
Na sequência do julgamento foi realizada audiência publica para discutir a igualdade de direitos entre anistiados civis e militares, que é matéria em discussão no STF (ADPF 158).

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